Angelina Jolie em "Maria": Uma Diva em Busca de Reconhecimento

 

Angelina Jolie está de volta! Mas será que a atriz e diretora, conhecida por seus papéis intensos e engajados, encontrou em "Maria" um projeto à altura de sua trajetória? A produção, que estreou em competição no Festival de Veneza, tenta retratar a vida da lendária soprano Maria Callas, mas tropeça em clichês e superficialidade, deixando Jolie em um papel que parece mais um exercício de estilo do que uma verdadeira imersão na pele da diva.

 

O filme, dirigido por Pablo Larraín, conhecido por "Spencer", se concentra nos últimos dias de Callas em Paris na década de 1970, oferecendo uma visão superficial de sua vida e carreira. A narrativa, embora tente abordar as complexidades da personalidade e dos dramas da soprano, se perde em um roteiro previsível e que mais parece uma colagem de momentos icônicos da vida de Callas do que uma investigação profunda e autêntica.

 

Jolie, que já interpretou uma variedade de personagens complexos, se esforça para dar vida à diva da ópera, mas a performance, embora impecável em termos técnicos, soa mais como uma imitação do que uma verdadeira incorporação. A atriz, que tem sido relativamente discreta nos últimos anos, parece usar "Maria" como uma plataforma para mostrar sua versatilidade, mas acaba se perdendo em um papel que exige mais do que um figurino de época e uma voz treinada.

 

"Maria", apesar do visual impecável e de um elenco de apoio talentoso, incluindo Valeria Golino, Haluk Bilginer e Kodi Smit-McPhee, não consegue atingir as expectativas criadas pelo nome de Jolie e pela figura de Callas. O filme, que estreou no Festival de Veneza e foi recebido com um misto de entusiasmo e decepção, caminha em uma linha tênue entre a homenagem e a exploração superficial, sem conseguir oferecer uma nova perspectiva sobre a vida da icônica cantora.

 

Jolie, em sua busca por um novo desafio, talvez tenha se deparado com um projeto que não se encaixa em seu talento e em sua busca por projetos engajados e relevantes. "Maria" parece uma oportunidade desperdiçada, tanto para a atriz quanto para a história da diva da ópera, que continua a ser um enigma a ser desvendado.



Foto: Getty / Pablo Larrain 



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